Coluna: NÃO À CURA GAY! SIM À CURA HOMOS!
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Coluna: NÃO À CURA GAY! SIM À CURA HOMOS!

Por Rev. Cloves Azevedo- Pastor da 1º Igreja Presbiteriana em João Dourado-Ba.


Voltou à público a midiática discussão da tão badalada “cura gay”! É um dos assuntos bombásticos das redes sociais esta semana. Eu nem gosta destas polêmicas, mas tenho responsabilidade de dizer alguma coisa a respeito perante aqueles com quem convivo e transmito o que o bondoso Deus revelou a nós pecadores em sua Palavra, a Bíblia Sagrada. O problema do debate público é o extremismo radical. Muitos, sendo contra ou a favor não conseguem encontrar o caminho do equilíbrio no campo das ideias, sem ferir as pessoas. Mas também sei que é difícil não ferir quando se tem convicções e fundamentos na Verdade (o que é a Verdade?). Via de regra o assunto em debate não conta com a nobreza de uma imparcial avaliação científica, doutrinária, filosófica, histórica e religiosa. A discussão sobre homossexualidade está muito mais movida pelo respirar das ameaças ideológicas, pela paixão compulsiva de autopreservação dos ideais do que pela racionalidade plausível no campo das evidências da Verdade. Assim, a compulsividade egoísta, o orgulho da razão, ainda que seja fruto de um comportamento comprovadamente inadequado impede a construção de uma base sólida, confiável, coerente, ainda que não seja seguida, mas reconhecida. Eu não preciso desconstruir um pensamento porque não acredito nele. Eu tenho a liberdade de acreditar ou não! Nesta perspectiva, almejo lançar uma pequenina fagulha neste universo de ideias, sendo para mim um imenso prazer se puder contar com alguns minutos do seu precioso tempo para a leitura e interação a respeito. Em primeiro lugar, muitas notícias televisivas, artigos publicados em algumas revistas e campanhas seletivas deflagradas nas redes sociais não correspondem à verdade dos documentos e decisões judiciais sobre a tal ‘cura gay’. Não há no bojo da questão nenhuma fomentação ideológica por curar homossexuais de alguma doença, até mesmo porque as ciências humanas e o Direito Civil entendem e conhecem as decisões de órgãos competentes que rechaçam qualquer teoria da homossexualidade como uma patologia cientificamente comprovada. Fruto de tais decisões houve mudanças não só no conceito como também nas terminologias, como por exemplo homossexualidade, homo-afetividade ao invés de homossexualismo. Por que, então, a questão é tratada midiaticamente como “CURA GAY”? Por trás da vitimização dos homossexuais como “doentes”, explica-se a massificação da ‘cura gay’ por razões preconceituosas, falsas e difamatórias contra os que pensam diferente. Neste caso, os psicólogos cristãos são as primeiras vítimas, mas o fim é “amordaçar” os demais segmentos que filosoficamente ou teologicamente pensam contrário à ideologia e à prática homossexual. O objetivo travestido na condenação deste sofisma chamado “cura gay” é oprimir, constranger, ameaçar e execrar publicamente qualquer voz que ecoe na direção dos princípios e valores tradicionais da família. Os que se dizem vítimas de uma classe de “psicopatas e fundamentalistas”, tentam obscurecer a consciência, calar a voz e caçar o direito constitucional do livre pensamento. Nós cristãos somos diuturnamente execrados publicamente através das ideologias liberais, enfrentamos constrangimentos nas escolas, nas universidades e às vezes até em tribunais num combate articulado às nossas crenças e valores, e no entanto, não há por parte dos cristãos a imposição para que pensem como nós! Quando uma pessoa, sendo homem, mulher ou homossexual procura ajuda junto a um profissional da psicologia, ela não o procura porque é homem, mulher ou possui um comportamento gay! Procura porque é ser humano, sujeito a desequilíbrios, dilemas, fobias, crises que se psicossomatizam e exigem dele e de todos nós a humildade em buscar ajuda, alívio, orientações para vencer as nossas fraquezas e impossibilidades no campo indecifrável da existência. A escolha do profissional é prerrogativa do paciente, a história a ser contada não é da sociedade, da coletividade, de uma persona social pré-fabricada; é a história dele, os seus dilemas, suas dores e isso num compartimento de intimidade, confiabilidade e ética profissional que não permite a publicização, nem aos que circundam a sua existência e nem o uso da sua história existencial para fins judiciais e/ou condenação do Conselheiro. Cabe ao paciente, ao indivíduo o inviolável direito de obedecer ou não as orientações, de procurar um profissional em similaridade com as suas crenças ou descrenças, e não ao Estado ou a instituições definirem quando, como e a quem procurar, e além disso, amordaçarem um ser humano numa nação onde cada cidadão é livre para expressar seus pensamentos. Na questão em voga, o psicólogo só poderia falar se fosse a favor, mas jamais publicamente e nem privativamente pronunciar-se contra o comportamento homossexual. Tal condição imposta seria a mais nefasta das ditaduras! Em segundo lugar, a forma como a militância LGBT e seus fieis aliados tratam a questão é absurdamente incoerente e conspiradora contra si mesmo! Primeiro, a sociedade de psiquiatria definiu que o comportamento homossexual não é uma doença. Ok! Porém as tratativas a respeito do tema caminharam numa direção biológica com tentativas e ensaios maus sucedidos de comprovar cientificamente o “genes” da homossexualidade. Se por um lado a homossexualidade não é considerada uma doença, por outro lado, cientificamente também não se conseguiu até hoje comprovar qualquer possibilidade de determinismo genético como a causa da homossexualidade. Caiu por terra a discussão de que a pessoa já nasce gay e por isso não pode deixar de ser . Este foi o primeiro tiro que saiu pela culatra! Então, caminha-se para a hipótese mais plausível: a homossexualidade é um comportamento influenciado por fatores externos. Esmagados parcialmente pelo incoerência do próprio sofisma circunstancial, silenciaram-se as vozes dos que defendiam o determinismo biológico para a homossexualidade e perdidos na escuridão do engano, tentaram encontrar uma outra veia por onde respirar com vigor o pensamento fragilizado pela falta de coerência comprobatória da tese. Qual então a nova veia ideológica absurdamente fantasiosa de sobrevivência? O foco a partir de então passa a ser a A TRANSSEXUALIDADE! Não havendo determinismo genético para sustentar o argumento, passa-se a afirmar o seguinte: Uma criança não nasce homem, nem mulher, nem gay! Essa criança é quem vai definir o que ela quer ser, se homem, mulher ou homossexual! A menina que nasceu num corpo de menino tem todo direito de não ser mais menina e tornar-se menino. Neste caso, esta criança precisa de apoio psicológico, de profissionais da saúde para orientar os pais e a própria criança a aceitar a mudança. Vejam o tamanho da conspiração autodestrutiva do sofisma: Psicólogos não podem orientar um homem ou mulher na idade adulta, caso este sujeito livremente e de espontânea vontade procure o profissional para abrir o seu mundo interior e manifestar desejo de mudar suas concepções comportamentais, mas, isto é proibido só tratando-se de um desejo manifesto de abandonar a homossexualidade! O psicólogo pode orientar numa cura para traumas emocionais, pode orientar a dá vazão a desejos sexuais heterossexual, pode até encorajar à prática homossexual, mas não pode dizer nada contra o comportamento homossexual, ainda que o indivíduo esteja vivendo um dilema, e manifeste o desejo de libertar-se! Neste caso, estaria o profissional tratando o paciente como um doente mental! Pasmem prezados pais! Nossos filhos indefesos, ainda sem o domínio da razão, podem ser orientados, acompanhados, até que na adolescência com o apoio do Estado possam passar por testes psicológicos, não só para mudar ou ter segurança quanto à sua homossexualidade, bem como persistir nesta decisão ainda que seja à revelia dos pais; pior ainda, podem sofrer uma cirurgia de risco para mudarem os seus órgãos sexuais, podem legalmente submeterem-se à aplicações de hormônios, remédios, tratamentos pesados, terapias com a ajuda dos psicólogos para satisfação de desejos incontidos e incentivados por um comportamento vil, no entanto, o fato de um juiz decidir favorável ao direito de um psicólogo pronunciar-se contrário a um comportamento homossexual repercute nos jornais e nas redes sociais com a falsa propaganda de “cura gay”, com a injuriosa acusação de que estão tratando o homossexual como um doente mental (quem está fazendo isto?). O que seria de maior gravidade e consequências psicossomáticas, então: Orientar um adulto que manifeste livremente o desejo de ir consultar-se com um psicólogo ou psiquiatra sobre seus dilemas pessoais ou ideologicamente submeter uma criança a constrangimentos de cirurgias para mudança de sexo, obrigando os pais, as escolas e a sociedade a concordar com esse comportamento? O fantástico exibiu recentemente uma série de reportagens intitulada ‘Quem sou Eu? Imagine uma das cenas : Num domingo à noite você resolve assentar-se ladeado da sua esposa e filhos no sofá da sua casa para assistir televisão. Aí de repente você se vê diante do seguinte do quadro: Um homem que diz ter nascido num corpo de mulher e uma mulher que afirma ter nascido num corpo de homem, ou seja, o homem virou mulher e a mulher virou homem. Este ‘homem-mulher’ e esta ‘mulher-homem’ casaram-se e tiveram um filho! Surpreendentemente no transcorrer da entrevista o “homem” levanta a blusa e começa a amamentar a criança e a “mulher” ao seu lado comporta-se como o “macho” desta união. Cenas e reportagens semelhantes se repetiram na novela a força do querer e em outros programas. O impacto de tais cenas na mente de um adulto e de uma criança cuja formação milenar é heterossexual e sabe por experiência inconteste universalmente reconhecida que o padrão normal das relações sociais é o da família tradicional, não precisará apenas de tratamento psicológico! Tais circunstâncias demandam uma rede de apoio envolvendo pais, psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, educadores, pastores, padres e muita ajuda de Deus na tentativa de amenizar os impactos traumáticos desta imposição violenta (a transsexualidade) como comportamento social normativo. Ouso responder a questão levantada acima com o seguinte parecer: Muito mais grave e desumana de uma perspectiva psicológica é esta forma agressiva, irracional como estão impondo sobre nossas crianças a maldita ideologia de gênero! A meu entender este é um dos absurdos dos absurdos para seres humanos que trabalham com a coerência psíquica, sociológica, histórica e religiosa ao longo da existência humana e sabe que não tem fundamento algum tais aberrações. O sofisma do transgênero é muito mais insustentável do que o já sepultado sofisma do determinismo genético para a homossexualidade. Em terceiro lugar, paralelo aos sofismas supra apresentados, há um trabalho muito bem sucedido nos meios acadêmicos pro ideologia de gênero: O SOFISMA DA DESCONSTRUÇÃO! Dizem os pesquisadores que uma das teóricas mais cortejadas entre os transexuais e travestis da atualidade é a Americana Judith Butler. Ela afirma o seguinte: “O gênero não deve ser meramente concebido como a inscrição cultural de significado num sexo previamente dado […] tem de designar também o aparato mesmo de produção mediante o qual os próprios sexos são estabelecidos.”. Recebi de uma estudante de psicologia esta semana um vídeo que trata da tese da supra citada autora. Vou digitar a narrativa do vídeo: “ … o gênero é um construção social sem qualquer base na realidade biológica. Segundo a autora, você não nasce nem homem, nem mulher, nem gay, nem lésbica. Você deve aprender a se construir desde cedo com quantos gêneros quiser, e não pode ficar preso a qualquer tipo de gênero. Segundo a teoria a sociedade impõe algumas pessoas que sejam educadas como pertencendo a um gênero para exercer poder sobre outros que são educados como para serem de outro gênero. Os principais gêneros que foram inventados para isso foram o homem e a mulher. Os pais e professores mentem para as crianças quando eles dizem que nasceram meninos ou meninas. O resultado foi a construção de uma sociedade em que a norma é a família constituída da união entre um homem e uma mulher, o que é chamada de heteronormatividade. Para que possamos nos libertar destas construções é preciso então que as crianças experimentem todas as formas de identidade de gêneros e de orientações sexuais, para que elas perceberam desde cedo que todas estas identidades são fictícias e são socialmente construídas como um discurso de poder, o que produzirá a desconstrução da própria identidade sexual de cada um e também da família, e isso só poderá ser feito através da escola…”. Butler trabalha esta desconstrução da família destruindo o conceito de heteronormatividade como uma patologia social e defendendo a performatividade como o ideal libertário da sociedade oprimida pelos valores judaico-cristãos. Por fim prezados, a ‘CURA GAY’ é uma falácia! É um desvio de foco da questão central para conquistar apoio da sociedade em prol de uma ideologia cujos fundamentos de “reconstrução” da sociedade sejam marxistas e Freudianos com todos os seus excessos! Eu não defendo esta tal ‘cura gay’, mas acredito que a humanidade está doente! A nação brasileira está apodrecida! Como diz o profeta Isaías:“Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás… toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo…” (Is.1:4-6). Então, encerro com uma proposta que não precisa passar pelo Congresso Nacional, nem pelos tribunais: A CURA HOMOS! Este gênero abrange todos os humanos! Seja homem, mulher, gay, lésbica, católico, protestante, patrão, empregado, político, eleitor, enfim, NÓS BRASILEIROS ESTAMOS DOENTES E PRECISAMOS DE CURA! JESUS É A CURA! NÃO Á FALÁCIA DA ‘CURA GAY’. SIM A PROPOSTA DA CURA HOMOS!

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