Dá para comemorar Natal feliz, assim?
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Dá para comemorar Natal feliz, assim?








Comemorar o que neste Natal?  O Brasil se encontra na maior recessão da história de quase um século. A economia encolheu, em termos reais, cerca de 9% nos últimos dois anos. Pior, não há perspectiva de melhora no curto prazo, apesar das medidas anunciadas com estardalhaço pelo presidente Temer. Crise econômica entra no ano de 2017 com toda força.

O comemorado PEC 241, “teto dos gastos públicos”, nada mais é do que flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal sancionada em 2000 pelo FHC, que tinha como objetivo consolidar o Plano Real. A contrário do que se alardeia, o PEC 241 vai servir de “piso dos gastos públicos” para os próximos 20 anos. A equipe econômica de Henrique Meirelles, passou a imagem para a população de que o PEC 241 era a solução para todos os problemas do País.  Ledo engano!  O PEC 241 “oficializa” a cobertura dos “rombos fiscais” com emissão de títulos da dívida pública.  É o fim do Plano Real, na prática.

As medidas anunciadas pelo presidente Temer para “estímulo” (sic) da economia não passa do que uma “cortina de fumaça” para esconder a pior crise política que tomou conta do Palácio do Planalto. As medidas anunciadas não resolvem os problemas das pequenas e médias empresas e nem tão pouco os consumidores, como foi anunciado. Pelo contrário, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles espera arrecadar R$ 10 bilhões em impostos em atraso, com as medidas anunciadas.

No entanto, os indicadores econômicos de hoje não deixam dúvidas de que o Brasil está na UTI – Unidade de Terapia Intensiva. O número de desempregados ultrapassa 12 milhões e o número de desalentados outros tantos. A soma de pessoas desempregados e subempregados somam mais de 24 milhões de trabalhadores, representando quase 1/4 da força de trabalho. Por outro lado, o número de inadimplentes no comércio ascende a mais de 59 milhões de pessoas, o que corresponde a 40% da população adulta. Os números são mais do que alarmantes.

Não há nenhuma pessoa de família padrão classe média, que não tenha alguma pessoa próxima atingida pela crise econômica. É urgente, o governo e a própria população sair quanto antes da “bolha de fantasia” criado pelo Palácio do Planalto.

Dá para comemorar um Natal feliz, assim?

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Ossami Sakamori

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