Após a Justiça determinar a reintegração de posse de fazendas no município de Maracás, no Vale do Jiquiriçá, a Polícia Militar cumpriu a decisão judicial e retirou os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do local.
Conforme apurou Blog Marcos Frahm, parceiro do Bahia Notícias, a ação ocorreu nesta terça-feira (28/03), por volta das 9h, quando diversas guarnições da 93ª Companhia Independente da Polícia Militar de Maracás e da Companhia de Policiamento Especializado – Cipe Central de Jequié chegaram ao acampamento a bordo de várias viaturas, acompanhando oficiais de Justiça, que iniciaram o diálogo com os ocupantes das fazenda Reunidas e Alvorada, uma delas pertencente a Companhia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA, localizada às margens da Rodovia BA-250.
De acordo com informações da Polícia Militar, o processo de desocupação foi concluído no início da tarde e foi garantida a total segurança dos envolvidos na ocupação de terras. As áreas teriam sido invadidas pelos assentados ainda em novembro de 2022, permanecendo até esta terça.
No local, o diálogo foi feito com o líder do MST, Abraão Brito, que apesar de demonstrar insatisfação com a chegada da polícia, não criou dificuldades e assistiu o despejo.
No início da invasão, o MST chegou a publicar nota classificando o ato como ocupação e disse que "ali estavam famílias de trabalhadoras e trabalhadores que viviam nas periferias e estariam passando dificuldades", sob alegação de que as terras eram improdutivas e que agricultores se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos para moradia.
Na mesma data, a FERBASA lamentou o ocorrido, negou falência e afirmou que a fazenda ocupada estava em pleno desenvolvimento na região de Maracás, beneficiando a comunidade por meio de cessão em comodato para uma associação de produtores de leite.
Na margem da mesma Rodovia, nos trechos que compreendem os municípios de Itiruçu e Jaguaquara outras duas fazendas estão ocupadas pelo MST e as informações obtidas pelo Blog do Marcos Frahm são de que a reintegração nesses locais é questão de tempo.
Comments