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Mamona, uma cultura rentável.

Por Josiel Barros


“O homem do campo é antes de tudo um forte”.

O sertanejo de Irecê está na expectativa das chuvas que molhe o chão do sertão. Segundo a meteorologia há previsão de chuvas a partir do dia 12 de dezembro. Nessas condições, com chuvas mais tardias, a cultura da mamona se torna vantajosa, em especial, as variedades híbridas de ciclo curto e resistentes à seca.


O produtor rural só necessita de apoio para voltar a produzir na região de Irecê. As terras são produtivas e o homem do campo trabalhador. Se os céus derramarem chuvas, a colheita será farta.


Apoio deveria vir do governo federal com custeio das áreas a serem plantadas. A cultura da mamona é perfeitamente viável, de subsistência e gera muitos empregos. Manter o homem no campo deveria ser o plano de governo daqueles que comandam o país.


Outro apoio necessário é o pagamento de preços justos. Para tanto, se estabeleceu na região de Irecê em 2015, mais precisamente em Lapão a Indústria e Comércio de óleo de mamona OLMA que tem desenvolvido um trabalho ecologicamente sustentável, de parceria com o produtor e tem estabilizado os preços do grão da mamona. A valorização do agricultor na hora venda do produto é de fundamental importância.

Outra vertente de apoio ao produtor é a aquisição de sementes de qualidade. A evolução na produção da semente da mamona parece ter parado no tempo. A EMBRAPA desistiu de desenvolver variedades que melhore a produção dessa cultura. Nos últimos 20 anos a Empresa Brasileira de Pesquisa desenvolveu as variedades ciclo longo como a Nordestina, Paraguaçu e Gabriela e a de ciclo mais curto, a Energia. Mas, apesar de investimentos públicos aos milhões, as sementes não chegam ao produtor. Não se tem onde comprar.


Ainda bem, que preenchendo a lacuna estatal, a MANGOLD, comércio e produção de sementes tem se estabelecido na região de Irecê produzindo hibridas de qualidade.


Para a nossa realidade climática a Mangold desenvolveu três variedades com características que atendem ao produtor. Precocidade que varia de 90 a 120 dias, produtividade e resistência à seca. Segundo Coubi, sócio presidente da empresa, as sementes híbridas das variedades Maia, Thomi e Noa já estão disponíveis no mercado ainda para safra 2023/2024.

As variedades acima foram desenvolvidas para o salto de qualidade que os produtores de mamona esperam para o próximo ano: A colheita mecanizada. Esse último apoio está chegando por iniciativa da OLMA em parceria com empresa italiana com previsão para abril/24. As extensas áreas de terra encapoeiradas na região voltarão a produzir e alavancar a riqueza para os produtores rurais.


Por tudo isso, é chegado a hora de investir e acreditar em dias melhores. Como disse Euclides da Cunha: “O homem do campo é antes de tudo um forte”.

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