Temer apela para “toma lá, dá cá”.
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Temer apela para “toma lá, dá cá”.



Nos próximos dias, o governo Temer parte para ofensiva. Quer o governo consolidar a posição de presidente presidente de fato. No próximo mês, será votado o impeachment da Dilma, conforme previsão do presidente do processo no Senado Federal, Ricardo Lewandowski. Temer como político matreiro, não perde tempo.

Entre as medidas de bondade, foi anunciada a verba para reforma de unidades residenciais dentro do programa Minha Casa Minha Vida. O  orçamento previsto é de R$ 5 bilhões, que vai atender cerca de 1 milhão de mutuários. O financiamento máximo de R$ 5 mil para cada mutuário é destinado ao pagamento de material de construção e de mão de obra. Esta verba está dentro dos programas sociais do governo Temer.

A Caixa Econômica já liberou o refinanciamento de dívidas em atraso com a Instituição, para pagamento em 96 prestações mensais ou 8 anos. A medida visa diminuir o número de inadimplentes no sistema financeiro. Outras instituições bancárias, também, deverão acompanhar o programa da Caixa. Isto é uma forma de acomodar a situação de muitas famílias de baixa renda endividados.

Embora, eu não concorde, deverão vir outras formas de estímulo ao crediário, como medida de reaquecimento da economia. A medida vai na contra mão do combate à inflação, mas é uma medida emergencial para estímulo à demanda e ao crescimento, não tão sustentável. É uma medida para carrear popularidade ao presidente Temer. Temer quer se consolidar como presidente da República, de fato.

No front do Congresso Nacional deverá acelerar a liberação das emendas parlamentares, para consolidar o apoio da base aliada do governo, composta pela antiga oposição e o novo centrão. Os cargos comissionados deverão ser preenchidos pela base aliada, em substituição aos membros pertencentes ao governo da Dilma. É a famosa, “toma lá, dá cá” que irá funcionar a todo vapor. Isto é que os políticos brasileiros mais sabem fazer.

Sem ter caráter permanente, as medidas anunciadas e a irão ser anunciadas, momentânea e provisoriamente, servirão para estimular a economia. No entanto, insisto, o desenvolvimento sustentável do País só virá quando o governo Temer optar o estímulo, não subsídios, para o setor produtivo em detrimento do setor financeiro especulativo. Há uma guerra surda entre equipe econômica e a equipe política. A queda de braço entre Meirelles e Padilha continua.

Michel Temer, apela para o “toma lá, dá cá” com fim de conquistar a popularidade para consolidar a permanência na presidência da República.

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Ossami Sakamori

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