A Voltalia, empresa produtora de energia renovável e prestadora de serviços, está liderando o Programa de Conservação da Arara-azul-de-Lear e o Programa de Conservação e Repovoamento do Licuri, que visam proteger a espécie em localidades vulneráveis da Caatinga baiana e o seu principal alimento, o coquinho do licurizeiro, uma palmeira muito suprimida na região. Além das medidas para conservação ambiental, a empresa tem apoiado outras ações socioeconômicas e culturais nos municípios de Canudos, Euclides da Cunha e Jeremoabo, que envolvem o uso sustentável dos recursos naturais em povoados remotos destes três municípios.
A Voltalia prevê o investimento de mais de R$ 10 milhões para a restauração do habitat da arara-azul-de-lear em médio e longo prazos, que serão aplicados em conhecimento científico, educação ambiental, desenvolvimento socioeconômico, medidas eficazes de mitigação dos impactos ambientais e na criação de uma unidade de conservação para proteção de áreas vulneráveis para a espécie e para os licuris.
“A arara-azul-de-lear é um dos tesouros da Caatinga e não estamos medindo esforços para garantir o crescimento dessa população e a qualidade do seu habitat. Por isso, contamos com a orientação e o empenho de biólogos especializados na espécie e pretendemos, além de adotar medidas que garantam a proteção das araras dentro do Parque Eólico de Canudos, colaborar com estudos inéditos para ampliar o conhecimento a respeito das aves na região, deixando um legado técnico-científico para o país”, destaca Robert Klein, CEO da Voltalia no Brasil.
Programa de Conservação da Arara-azul-de-lear
O Programa de Conservação da Arara-azul-de-lear tem como foco a pesquisa aplicada à ecologia da espécie e é dividido em três principais ações. A primeira, de curto prazo, visa monitorar e mitigar o potencial impacto que o Parque Eólico de Canudos pode ter na dinâmica populacional dessas aves, considerando aspectos como a reprodução, a expansão populacional, além da dispersão dos indivíduos juvenis e adultos na região.
Para isso, foi elaborado um diagnóstico prévio de risco e a definição de eventuais áreas de exclusão do empreendimento para garantir a segurança do habitat e a proteção integral de regiões identificadas como prioritárias e que são desprotegidas.
O segundo plano de ação, que ocorrerá em médio e longo prazos, pretende garantir o monitoramento contínuo para evitar que exista risco para a espécie assim que o empreendimento iniciar a operação. Para auxiliar os estudos nessas duas primeiras etapas do programa, os pesquisadores acoplaram em algumas aves pequenos aparelhos que transmitem sinal de GPS. O objetivo é rastreá-las em locais estratégicos e inferir sobre a área de vida dessas aves, seus principais locais de alimentação, rotas de voo e comportamento.
Por fim, a terceira ação contempla um plano de educação ambiental ativo voltado à arara-azul-de-lear junto às comunidades rurais locais e à comunidade escolar nos três municípios.
A bióloga e pesquisadora da empresa Qualis Consultoria Ambiental, Erica Pacifico, comenta que o escopo do monitoramento e do manejo vai ser permanente, visando garantir que o seu habitat seja preservado e que haja fluxo livre entre os núcleos populacionais da espécie, já que a população de araras está em expansão.
Erica lembra ainda que novas áreas estão sendo ocupadas pelas araras e é necessária a ampliação das atividades educativas para sensibilização da comunidade com relação à espécie e seu principal alimento, o licuri. Isso evitará que as aves sofram dos mesmos problemas que sofreram há 40 anos, nestas novas localidades, como a captura de filhotes e o abatimento por arma de fogo. A bióloga reforça também que é importante garantir o fluxo geracional do conhecimento sobre a importância da conservação da arara e por isso as atividades educativas devem ser persistentes.
Thiago Filadelfo, biólogo e pesquisador da Qualis, que coordena os estudos em campo, destaca que apenas usando a tecnologia que vem sendo adotada é possível acessar áreas remotas. Ele acrescenta que as atividades de monitoramento realizadas regularmente no Parque Eólico de Canudos contemplam a observação de passagem das araras (quantidade e horários) e são complementares aos estudos obtidos pelos rastreadores de GPS, indispensáveis para o direcionamento das medidas de mitigação.
Os dados preliminares, obtidos com os rastreadores, já informam novas áreas de ocorrência da espécie e, consequentemente, indicam a expansão populacional. “Estas informações destacam
a urgência que há na criação de novas áreas de proteção para as araras. Já sabemos que a espécie está sujeita à perturbação na maioria das áreas onde se agrega para comer e para dormir, pois, das seis localidades onde se refugia à noite, apenas duas estão protegidas atualmente”, destaca Thiago.
A dupla de biólogos, referência em estudos com a arara-azul-de-lear, conta com a colaboração científica de outros pesquisadores experientes no tema para garantir a obtenção de dados de qualidade que beneficiem as araras. Os biólogos, que trabalham no desenvolvimento de pesquisas aplicadas à conservação, atuam em toda a área de ocorrência da arara-azul-de-lear há mais de dez anos e destacam que as diretrizes dos planos de conservação liderados pela empresa Voltalia foram pensadas para atingir as metas das ações prioritárias para a conservação da espécie, seguindo o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves da Caatinga, coordenado pelo CEMAVE/ICMBio e que tem assessoria técnica voluntária dos pesquisadores.
Programa de Conservação e Repovoamento do Licuri
Já o Programa de Conservação e Repovoamento do Licuri tem por objetivo ampliar o conhecimento dos processos ecológicos da palmeira e desenvolver estratégias de mitigação e reversão dos fatores de ameaça que esta árvore já sofre na natureza. Thiago Filadelfo explica que a iniciativa também está organizada em três estratégias. “A primeira é voltada para a proteção do licurizeiro. Consiste em identificar e monitorar como essa palmeira se distribui no entorno do empreendimento e nas regiões utilizadas pelas araras-azuis-de-lear, além de mapear as áreas que precisam de replantio”.
A segunda estratégia visa entender e sugerir ações para a mediação dos conflitos ambientais que existem com o uso dos recursos da palmeira, já que a árvore não é importante apenas como alimento da arara, mas também para o sertanejo que faz uso das estruturas da planta (folha, palha e coco) para suas atividades culturais e agrícolas. Já a terceira medida está focada em definir ações de educação ambiental que estimulem práticas sustentáveis do licurizeiro pelas comunidades rurais.
Grupo Voltalia (www.voltalia.com)
Voltalia é um player internacional no setor de energias renováveis. O grupo produz e vende eletricidade gerada a partir de instalações eólica, solar, hidráulica, biomassa e de armazenamento que possui e opera. Tem uma capacidade de geração em operação e em construção de mais de 1,4 GW e um portfólio de projetos em desenvolvimento representando uma capacidade total de 9,7 GW.
O Grupo conta com mais de 1.100 colaboradores, está presente em 20 países, em quatro continentes e está apto a atuar globalmente, em nome de seus clientes.
A Voltalia está listada no mercado regulado da Euronext Paris, compartimento B (FR0011995588 - VLTSA) e faz parte dos índices Enternext Tech 40 e CAC Mid & Small. O grupo também faz parte do Gaïa-Index, um índice para mid-caps socialmente responsáveis.
No Brasil desde 2006, a empresa tem sede no Rio de Janeiro, conta atualmente com mais de 250 colaboradores e desenvolveu um portfólio de projetos de energia renovável de grande porte.
Atuando desde o desenvolvimento de projetos até a venda de energia, a companhia possui aproximadamente 1 GW em operação e construção, localizado, principalmente, no Rio Grande
do Norte, onde possui o maior cluster híbrido (eólico e solar) do mundo, com potencial de até 2,4 GW.
Com contratos de venda de energia já garantidos, a serem construídos nos próximos anos, a Voltalia Brasil possui ainda um pipeline de mais de 5 GW localizados em dez estados do país.
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