Alvo de ação do Ministério Público Federal, o ex-prefeito de Irecê, Luizinho Sobral, afirmou nesta sexta-feira (2) que todos os crimes investigados pelo órgão foram cometidos antes de sua posse como gestor, que ocorreu em janeiro de 2013. Sobral e o ex-prefeito José das Virgens, que administrou a cidade entre 2008 e 2012, são acusados de desviar R$ 3 milhões de verbas públicas destinadas à distribuição de água no município (veja aqui). Em nota, Sobral culpou o antecessor pelas irregularidades.
“O senhor José das Virgens, do PT, levou cerca de nove meses para iniciar a execução do convênio em questão, que tinha apenas prazo de vinte e quatro meses para ser finalizado. Como provam documentos, José das Virgens efetuou pagamento de serviços não executados, adquiriu cimento cujo vencimento ocorreu em dezembro de 2012, ou seja, um mês antes da posse de Luizinho Sobral, e concluiu parcialmente apenas 39 das 700 cisternas previstas para a 1ª etapa do projeto. José das Virgens também não efetuou a prestação de contas conforme notificação do Ministério do Desenvolvimento Social, através do ofício 22/2013 – DEFEP/SESAN/MDS datado de 08/02/2013, reiterando a cobrança da prestação de contas de 2012”, afirmou.
“Portando, vale salientar, que os valores em questão citados na matéria, de R$ 3 milhões, foram gastos única e exclusivamente na gestão de José das Virgens e que Luizinho Sobral não teve nenhuma participação nestes investimentos, pois só tomou posse após este período”, argumentou.
Ainda segundo Sobral, durante sua gestão, foi solicitado ao MDS que o prazo do convênio fosse estendido porque não havia mais tempo hábil para conclusão no prazo de 24 meses, estabelecido por José das Virgens. “Com a negativa do MDS da extensão do prazo de conclusão da obra, Luizinho Sobral, presidente do Consórcio Público há época, concluiu o restante da prestação de contas de acordo com os termos do convênio, inclusive devolvendo os recursos não utilizados pelo ex-prefeito Zé das Virgens, perfazendo um total de 15 milhões”, declarou.
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