Três milênios de Antissemitismo no mundo - Parte 2
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Três milênios de Antissemitismo no mundo - Parte 2

Josiel Barros


O conflito entre Árabes não é imbróglio recente do século passado remota os séculos e renova a cada década


O sentimento de antissemitismo presente em todo mundo não é resultado da criação do Estado Judeu em 14 de maio de 1948. Sua existência é verificada em toda a história. Babilônios, persas, macedônios e mais recentemente os romanos subjugaram o povo judeu, matando o seu povo e destruindo suas cidades. Esse último episódio coincide com dois grandes movimentos religiosos que impactaram profundamente a religião judaica e, de uma forma ou de outra, contribuíram para acirramento contra os judeus.


Primeiro foi o surgimento de Abul Al-Qasim Muhammad Abd Allah Ibd Hashim no ano 571 d.C, fundador do Islã. Além de religioso, político, Maomé era um conquistador. Ao fundar a religião do Islã escreveu o livro sagrado, o Alcorão e toda a interpretação dos códigos sagrados com total influencia na vida social dos seus seguidores.

O que ele falava ou escrevia virava lei pesada, infligindo aos infratores castigos e penas que chegavam à pena capital de morte.


Entre os seus escritos no Alcorão e derivados estão citações que podem estar na essência do conflito no Oriente Médio entre Judeus e Mulçumanos.

Mulçumanos são os seguidores de Alá, o deus do Alcorão. E lá está escrito a perseguição e extermínio do infiel e também do povo Judeu: “Ó fiéis, não tomeis por amigos os judeus nem os cristãos; que sejam amigos entre si. Porém, quem dentre vós os tomar por amigos, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos” – Alcorão, Suratra 5,51.


“Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada, a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos” – Alcorão, Suratra 2,191.

Há um prémio aos fiéis que se sacrificam em nome de Alá. O jardim das delícias no Paraíso eterno, setenta e duas virgens aguardam todo homem que se submeter ao martírio na tentativa de eliminar os infiéis.


“Nós Jardins da Delícia, uma multidão dos primeiros e um pouco dos derradeiros estarão sobre leitos de tecidos ricamente bordados. Neles reclinados, frente a frente, E haverá húris de belos grandes olhos, iguais a pérolas resguardadas em recompensa”.


Os homens bombas e os suicidas que se sacrificam contra os inimigos o fazem por fidelidade a Alá e ao seu profeta: “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos” – Surata 9:111.

Por outro lado, a sanha persecutório contra os judeus na idade médio partiu da Igreja Católica Romana através da Inquisição. A Inquisição, também chamada de Santo Ofício, foi um tribunal formado que julgava e condenava hereges, judeus, cristãos novos, praticantes de bruxarias e infratores das normas sociais vigentes. Esse Tribunal surgiu 1184, com o Papa Lúcio III. Ele institui um édito onde os inquisidores devem, não só julgar os hereges. Na sua segunda fase, por volta de 1478, ressurgiu na Espanha tento como principal alvo o povo Judeu.


Em Portugal foram segregados em Judiarias e pagavam impostos. Muitos foram convertidos à força, seus bens expropriados e condenados à morte. Calamidades naturais, pestes ou fome eram culpa dos Judeus. Tudo para justificar o preconceito e as hostilidades contra a comunidade judia. Afinal de conta, eles mataram Jesus.

Peregrinos pelo o mundo chegaram ao Brasil na ocupação Holandesa. Fixaram Olinda Pernambuco até serem expulsos pelos grandes fazendeiros brasileiros. 600 deles vaguearam em um navio e foram capturados por piratas e entregues a inquisição espanhola na Jamaica.

Liberados, seguiram rumo para América e ajudaram a fundar Nova Amsterdã , atual Nova York.

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