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Crise de ansiedade fora de casa: o que fazer quando ela chega?


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Você tá se divertindo em um casamento, aniversário ou até no happy hour da firma e, de repente, começa a suar frio, ter palpitações, sensação de desmaio. Horrível, né? E quem já teve uma crise de ansiedade fora de casa sabe que ela é danada: não avisa que vai chegar nem respeita conveniências. Mas o que fazer nessas horas? Qual o melhor modo de lidar com a avalanche de mal-estar? Não precisa ficar ansioso lendo isso, pois conversamos com a psicóloga Juliana Guanaes e ela explica certinho a seguir, tintim por tintim, como reagir a esse tipo de crise. (Fonte: Getty Images/Reprodução)



É crise de ansiedade ou não? Ser pego de surpresa por uma crise de ansiedade é bem ruim. Por isso, Guanaes recomenda ficar atento a alguns sinais característicos: tontura, náusea, taquicardia, sudorese, respiração curta, sensação de desmaio. Todos esses são sintomas comuns. É importante também observar seus pensamentos: “é comum pensar que algo terrível está acontecendo: estou perdendo o controle, estou morrendo. E aí, qualquer sensação corporal colabora para aumentar ainda mais a crise”, explica a especialista. Também é frequente que, ao iniciar os sintomas, a pessoa fique hipervigilante, o que colabora para o crescimento das sensações físicas e da preocupação. Assim, a ansiedade se instala mais facilmente. Aliás, é por isso que as crises ocorrem com frequência em lugares públicos. Enquanto em casa seu termômetro de risco está controlado, em eventos sociais ele dispara porque a gente se sente observado ou julgado. Quanto mais autocrítico você estiver, mais chance de acionar um alerta de modo desproporcional. Estou tendo uma crise de ansiedade. E agora, José? A psicóloga diz que, se você identificar que está tendo uma crise de ansiedade, é importante tentar racionalizar os pensamentos. E isso começa por entender que o mal-estar não vai ser definitivo. Em geral, uma crise dura cerca de 40 minutos, então isso pode ajudar a tranquilizar você. Além disso, é possível compreender os riscos para além do que se sente. Por exemplo, mesmo que você sinta que está morrendo, é possível pensar: eu consultei um médico recentemente e meu estado de saúde está bem, é o meu cérebro que está enviando um alarme falso sobre um perigo iminente. O mesmo vale para as sensações de desmaio, bastante comuns nas crises de ansiedade. Ao sentir que está perdendo os sentidos, é possível se exercitar para pensar: vou respirar com calma, ter paciência e esse mal-estar irá passar em breve. Ah! E a respiração ajuda mesmo. Quando existe um medo constante de que algo ruim irá acontecer, isso envia um alerta para o sistema nervoso simpático: ele entra em estado de tensão, é fugir ou lutar, e isso afeta a respiração. Mas o contrário também se aplica: a respiração diafragmática aciona o sistema parassimpático e restabelece o equilíbrio. Outra dica bacana é tirar o foco do que causa tensão. Se você estiver acompanhado em um evento social, converse sobre outros assuntos e dirija a atenção para outro lugar. Afinal, como lembra a psicóloga: “as coisas não são, elas estão”. E vale lembrar que você não precisa se cobrar tanto, ok? Quando se está em público, é comum que as pessoas prestem mais atenção em si próprias – seus pensamentos, sentimentos e sensações – do que nos demais. Então, se o desconforto chegar, vale a pena respirar e pensar que vale a pena ser mais assertivo, melhorar as relações sociais e investir em alguma área específica da vida, por exemplo. Quando procurar ajuda profissional? Guanaes acredita que sim: na dúvida, não espere para procurar ajuda. É verdade que nem sempre uma crise de ansiedade implica em algo mais sério – qualquer pessoa pode ter uma, em algum período mais desafiador. Mas é bom, quando viável, acompanhar de perto a saúde mental e ser avaliado com atenção. O alerta é especialmente válido para quem teve várias crises consecutivas. Aí, é hora de procurar um psicólogo para investigar as causas dos sintomas, que podem se agravar. “O Transtorno de Ansiedade Generaliza (TAG), por exemplo, pode apresentar sintomas intensos de ansiedade, não físicos, cognitivos e comportamentais, como evitação, choro e abuso de substâncias”, comenta. Por isso, se você está tendo crises de ansiedade, procure ajuda. Saber lidar com as crises é importante, mas ter com quem contar é fundamental.


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