“De tédio ninguém morre”
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“De tédio ninguém morre”

Josiel Barros

Deputados são cassados, redes sociais canceladas, pessoas são intimadas na Polícia Federal e milhares são presos. CPIs movimentam o congresso e pedidos de impeachment se avolumam na mesa de Artur Lira, presidente da câmara dos deputados.


Jornalistas estrangeiros invejam o nosso trabalho. Aqui não temos de correr atrás de notícias. Elas nos atropelam. Brasília é como um rio caudaloso, de abundantes fatos. Seus afluentes desaguam narrativas e Fake News com informações duvidosas ou oficiosas.


Assim, têm-se fatos novos todos os dias. Os poderes da república, que não são harmônicos entre si, em alternância ou simultaneamente se encarregam desse serviço.


A frase “de tédio ninguém morre este ano” é de um dos protagonistas do noticiário brasileiro. Trata-se de Alexandre de Morais, ministro do STF-Supremo Tribunal Federal e que também preside o TSE – Tribunal Superior Eleitoral. Por alguma razão, Alexandre se tornou o grande ministro e acumulou poderes através dos inquéritos das Fake-News e dos atos antidemocráticos que conduz indefinidamente. Por isso, Alexandre é fonte de notícias na imprensa brasileira.


O ano começou com a posse dos eleitos em disputa polarizada. Dia 08 de janeiro, vândalos invadem os poderes da república com depredação e violência. As manchetes davam conta de manifestantes que viraram terroristas.


Dia seguinte Alexandre de Moraes, mandou 1500, jovens, idosos e crianças para cadeia improvisada em ginásio poliesportivo. Muitos deles ainda estão lá. Deputados são cassados, intimados a depor nos intermináveis processos da Polícia Federal.

Em apenas cinco meses do governo Lula, centenas de pedidos de impeachment se acumulam sob a mesa de Artur Lira, na câmara federal e no senado, Rodrigo Pacheco é pressionado a pautar impedimento de ministros do STF. Só de Alexandre de Moraes já são sessenta.

No congresso, quatro CPIs movimentam as casas legislativas: A CPMI de 08 de Janeiro, dos atos antidemocráticos, a do MST-Movimento dos sem terra, outra das Lojas Americanas e ainda a das apostas esportivas. São fábricas de notícias tantos dos fatos investigados como dos arroubos dos seus participantes.


A economia, a ciência e a tecnologia não são publicizadas. A indústria, a educação ou tão produtivo agronegócio não acham espaço na mídia. A política de Brasília manipula o discurso e faz da praça dos três poderes um grande palco de atuação.


Até o ditador Maduro, da Venezuela veio dá uma espiadinha no Brasil. De como se faz política sem receber condenação da comunidade internacional.

O Brasil não é para amadores e de tédio ninguém morrerá este ano.

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