Holocausto Nunca Mais
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Holocausto Nunca Mais

Por Josiel Barros


O holocausto que marcou a humanidade para sempre não pode se repetir em nenhuma parte do mundo. O antissemitismo crescente através dos séculos acabou por produzir a maior das barbáries: o holocausto, que foi uma longa perseguição, exclusão socioeconômica, expropriação, trabalho forçado, tortura, e extermínio de seis milhões de judeus da Alemanha e da Europa ocupada entre 1933 e 1945. Foi uma das páginas mais tristes da história e sua existência envergonha a todos e desafia a humanidade para nunca mais o repeti-lo.


O holocausto não aconteceu de uma hora para outra. Em seu livro Mein Kampf publicado em dois volumes em 1925 e 1926, Adolf Hitler expõe as teorias antissemitas que fundamentaram o nazismo. Cada uma das palavras ali inscritas comprova que o autor era um sujeito inescrupuloso, antissemita, sedento por poder e vingança. O holocausto passou por uma evolução de processos a partir de 1933 com a discriminação e exclusão da vida pública. Proibia-se o exercício de certas profissões, de frequentarem escolas e boicotes em lojas que pertenciam aos judeus.


Outra fase começou em 1935 com o isolamento e segregação a partir das leis de Nuremberg. Excluiu a cidadania, proibia o casamento com não judeus e se aplicava a pena de morte a quem infligisse a norma.


Por fim, a mais cruel e dolorosa fase que começa em 1938 e vai causar a morte de 6 milhões de judeus, 1,5 milhão de opositores políticos, 3 milhões de prisioneiros de guerra, 20 milhões de russos, 600 mil sérvios, 500 mil ciganos 200 mil poloneses, 200 mil maçons, 15 mil homossexuais e 5 mil testemunhas de Jeová em absoluto genocídio.

Por esse tempo, o programa “eutanásia" foi estabelecido e tinha objetivo de eliminar da vida a quem não merecia viver. Os nazistas utilizaram desse método para assassinar deficientes físicos, deficientes mentais e anciãos de idade avançada. Fez parte desse programa a esterilização em massa e, nesse programa incluía os negros. Nos assassinatos se utilizavam o monóxido de carbono ou gás Zyklon B extremamente venenosos e que seriam posteriormente utilizados nas câmaras de gás dos campos de extermínio


Para facilitar a execução da fase final do genocídio de judeus, os nazistas construíram campos de concentração na Polônia. O objetivo desses campos de extermínio era tornar o assassinato em massa mais rápido e eficiente. Chelmno, o primeiro campo de extermínio, vindo depois os campos de Belzec, Sobibor, Treblinka e Oswiecim, sendo esse último o maior e mais famoso por assassinar 1,2 milhão de pessoas, em Auschwitz.

Também para acelerar ainda mais o processo de extermínio, os nazistas construíram câmaras de gás tornando o processo de assassinato em massa rápido e menos traumático para aqueles que o executavam. Só em Auschwitz eram mortos 6.000 judeus diariamente.

Inacreditável que o mundo não tenha se importado com tanto sofrimento. Os bárbaros relatos foram recebidos em países livres como Inglaterra e França como narrativas exageradas da guerra e por isso nada se fez para amenizar o sofrimento de quem vivia em guetos e campos de concentração.


Também, as forças aliadas não tinham como prioridade a libertação de prisioneiros. A guerra em campo de batalha exigia todo esforço dos aliados. Outro temor era que qualquer intervenção nesses campos de extermínio gerasse ondas de massacre de milhares de soldados aprisionados pelas forças de Hitler o que inevitavelmente causaria uma baixa na opinião pública a favor dos aliados, E por fim, os campos dos grandes centros ficavam em áreas populosas e bem guardadas militarmente ou em lugares de difícil acesso.


Com o fim da guerra, alguns dos criminosos foram julgados na cidade de Nuremberg. Alguns foram presos e outros condenados à pena capital. No interrogatório todos diziam que apenas “cumpriam ordens de autoridades superiores” para tal aberrante atuação.


Que o processo civilizatório e a conscientização do mal que o holocausto e todos os demais genocídios causaram na humanidade.

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