A deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) apresentou um projeto de resolução, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para requerer a concessão da Comenda 2 de Julho à professora universitária Joana Angelica Guimarães da Luz, reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), a primeira mulher negra a ser eleita reitora de uma universidade pública no Brasil.
Para a deputada, trata-se de justa homenagem à grande intelectual e professora pelos relevantes serviços prestados à comunidade acadêmica brasileira, especialmente do estado da Bahia. “A trajetória da homenageada orgulha toda a comunidade acadêmica, especialmente a nós, baianas e baianos, que lutamos com muita garra contra todos os tipos de preconceito, pois, além de mulher e negra, com sua força produtiva e estudante de sucesso da escola e universidade públicas, tem ocupado cargos relevantes no cenário acadêmico nacional”, enalteceu Fiscina.
Joana Guimarães foi eleita reitora pela comunidade acadêmica com 64,82% dos votos, em consulta realizada em novembro de 2017, com mandato de 2018 a 2022, sendo reeleita para o cargo até 2026. Na sua primeira eleição, era a única mulher negra reitora em exercício em uma universidade federal brasileira, de acordo com a Assessoria de Políticas Públicas da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), que na época englobava 63 universidades.
Trajetória - A homenageada é natural de Itajuípe, município do Centro-Sul baiano. Aos 15 anos, mudou-se com toda a família para Salvador, onde fez o curso técnico em química, na antiga Escola Técnica Federal da Bahia, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).
Formou-se em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluiu mestrado em Geoquímica e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fez PhD em Engenharia Ambiental e Florestal pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Seu campo de interesse de ensino e pesquisa reside nas áreas de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, com ênfase em água subterrânea e vulnerabilidade de aquíferos, racismo ambiental.
Foi diretora do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da UFBA, no campus de Barreiras, quando, naquele período, deu origem à Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). Foi vice-reitora da UFSB (2013-2018), vice-presidente da ANDIFES (2020-2021), presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Grande e presidente do Fórum Baiano de Comitês de Bacias, além de ter integrado a comissão de implantação e execução da UFSB.
Foto: Divulgação
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