ONU 1947 - Um Estado Judeu, outro Palestino
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ONU 1947 - Um Estado Judeu, outro Palestino

Por Josiel Barros



Palestina: um só lugar para dois povos inimigos A tragédia revelada no holocausto fortaleceu os ideais do movimento sionista surgidos no final do século XIX e que se fortaleceram com Theodor Herzl ao publicou um livreto “O Estado Judeu”, com imediata aceitação, cujas ideias se espalharam rapidamente pelo mundo.

A principal abordagem do livro era formar um Estado Judeu a partir de congressos sionistas que atraíssem pessoas em torno de ideais nacionalistas. De fato, o primeiro congresso sionista aconteceu em 29 de agosto de 1887, em Basiléia na Suíça, quando fundaram a OSM – Organização Sionista Mundial.

Enquanto o movimento se fortalecia, a Palestina era ocupada pelo Império Otomano foi dominada pela Grã-Bretanha em 1918 que fez menção da ocupação das terras por judeus, na formação de um Estado Nacional.

Ali viviam pacificamente árabes muçulmanos, cristãos e judeus, mas com o aumento do número de judeus, surgiram os primeiros conflitos entre árabes e judeus pelo território, escalando a luta por terras na região.


Com o fim da segunda grande guerra e a catastrófica situação dos judeus pelo mundo, achar um lar para eles se tornou um desafio para a ONU – Organização das Nações Unidas e uma obsessão das comunidades judaicas espalhadas por vários países.


Descartada a ideia do antigo plano Andínia do jornalista Theodor Herzl da criação de um Estado judeu na Argentina, especificamente na região da Patagônia, as atenções se voltam para a terra dos seus ancestrais, a Palestina.


Em novembro de 1947 na reunião da Assembleia Geral da ONU, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha decidiu-se pela divisão da Palestina Britânica em dois estados: um judeu e outro árabe, que deveriam formar uma união econômica e aduaneira. Israel aceitou a partilha de imediato, mas os árabes a recusaram, acusando-a de injusta.

Sem perder tempo à criação do Estado Nacional de Israel foi oficializada em 14 de maio de 1948 como Republica Parlamentar Democrática atraído para lá, judeus de várias nações.

Insatisfeitos com a decisão da ONU, países com Egito, Jordânia, Síria, Líbia e Iraque invadiram o recém-formado Estado de Israel com tropas de 30.000 homens e bombardeios em Tel Aviv e outras partes do território, forçando-o a defender a tão sonhada soberania no que se chamou de guerra da independência. Por 15 meses Israel lutou bravamente contra essa coalisão de forças, em combates ferozes terminando por expulsar os invasores, anexar mais um 1/3 em terras conquistadas ao seu território. Apesar da vitória ante aos inimigos e ganhos territoriais, Israel teve uma baixa de 6000 soldados, quase 1% da população da época.


O surgimento de Israel como estado independente foi um dos grandes eventos históricos que moldaram o século 20 e continua a desafiar a história de todo o oriente médio

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