Se Dilma para o bicho pega!
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Se Dilma para o bicho pega!




A economia está no mato sem cachorro. Além do aumento de impostos de R$ 80 bilhões, anualizados, propostos pelo Joaquim Levy, ministro da Fazenda, a Dilma presidente cede ao plano de ajustes econômicos e propõe corte de gastos públicos em R$ 78 bilhões. Isto é o que release do Palácio do Planalto está anunciando, insistentemente. Fez até encenação de reunião num domingo no Palácio da Alvorada.

O governo Dilma se meteu numa encrenca do tamanho de bonde. Inicialmente teve que fazer ajustes dos preços administrados como energia elétrica e combustíveis que estavam engessados numa aventura irresponsável, tudo para manter a popularidade da presidente com intensão clara de ser reeleita para o segundo mandato.

Com os aumentos de impostos e contribuições propostos, a economia entrou na rota de retração. Para piorar, a economia do País está sentindo o reflexo da contração da economia em função da Operação Lava Jato. Com economia em retração, a arrecadação do governo está em declínio, obviamente.

Apesar de aumento de impostos e contribuições e cortes nos gastos públicos, somados, em torno de R$ 160 bilhões, anualizados, parece encontrar dificuldade em atender a demanda o suficiente para gerar o superávit primário de R$ 55 bilhões, somente pelo governo federal, neste ano.

O superávit primário, a diferença de tudo que o governo arrecada e tudo que o governo gasta é importante para o mercado financeiro global. Isto é uma dogma do FMI. O certo é que o FMI e a comunidade internacional exige  que o Brasil gere superávit primário acima de 2 % do PIB somente o governo federal.  Isto equivale a cerca de R$ 120 bilhões no final do ano. O governo Dilma faz do tripa o coração para gerar pelo menos R$ 55 bilhões, para acalmar a comunidade financeira internacional.

O cumprimento da meta do superávit primário, dinheiro para pagar parte dos juros da dívida pública, prometido pelo Joaquim Levy perante a comunidade internacional, é importante para manter o “grau de investimento” e não ser rebaixado para o “grau de especulação” pelas agências de classificação.

A geração de superávit primário é importante para que o Brasil, que precisa rolar a sua dívida pública de cerca de R$ 4,2 trilhões, para isso é importante manter a classificação de riscos no “grau de investimentos”. Deixar cair a classificação para o “grau de especulação” será um passo para o País entrar em colapso ou “default”. Isto é que se classifica como administração incompetente e irresponsável. Só este fato mereceria o processo de impeachment.

Se Dilma para o bicho pega, se a Dilma corre o bicho come!

Ossami Sakamori

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